sábado, 6 de março de 2010
MEU AVATAR ME SUBSTITUIU;GLÓRIA KREINZ
Piracema, poesia de Marcelo Roque, é um dos poemas importantes do século 21, que mostra características e diferencia a obra do poeta como típica do ciberespace e da era pós tudo. Mas a magia e o sonho permanecem neste poema...
http://www.youtube.com/user/nucleojreis
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gl%C3%B3ria_Kreinz
Hoje vou fazer jornalismo científico, porque vou comentar um filme que concorre hoje, 7 de março, ao Oscar, em Hollywood, nos Estados Unidos.
É o filme'Avatar',contra o autoritarismo e defende também a natureza e o sonho. E sinto que também estou presa em minha parte Avatar, que defende estes princípios, e muitas vezes sou até mal entendida...
Eis um fato cada dia mais intenso em nosso cotidiano de divulgadores científicos. Estamos presos em nossos Avatares... O filme 'Avatar' só veio para alertar ainda mais... Chamou atenção por vários motivos: a volta de James Cameron (Titanic), os efeitos especiais, “uma experiência única” e muito aquém do que um simples 3D, o orçamento que chegou a quase 500 milhões de dólares e o tempo de demora na produção (quatro anos).
Para a divulgação de ciência e tecnologia interessa a reflexão sobre o mundo virtual que o filme provoca. Demorei em comentar, porque ainda pensando sobre o assunto. No filme, o ‘Avatar’ substitui o humano, mas não é isso que ocorre quando estamos em nossos computadores?
A história do filme se passa em 2154 aonde existe uma colônia chamada Pandora, habitada pelos Na’ vi, nativos azuis alienígenas.
Devido o local ser rico em mineral, vários humanos já tentaram invadir o ambiente deles, mas para chegar perto é preciso criar um elo de confiança com a raça, o que ninguém nunca havia conseguido.
Tudo muda com a chegada do ex-fuzileiro Jake Sully, que recebe a tarefa de se infiltrar em Pandora através de sua forma 'Avatar' (corpo geneticamente mudado feito com seu DNA e dos nativos), pois esta era a missão de seu irmão gêmeo, que faleceu.
Mesmo sem saber quase nada sobre a cultura dos Na’vi, e mesmo estando em cadeira de rodas, aceita este desafio.
No final do filme a realidade representada pelo mundo dos Avatares acaba sendo a escolhida por Sully. Ele deixa sua forma humana e o ‘Avatar’ ganha sua vida, na metáfora que nos interessa discutir...
Afinal, em muitos casos, não é isso que está ocorrendo? A vida no ciberespace não está se tornando muito mais instigante e prazerosa que fora dele? Quantas pessoas não estão presas em suas fazendas no Facebook?
Isto sem contar as horas de MSN, Orkut, Blogs,Chats, e outras coisas...Será que apenas o protagonista do filme trocou de vida com seu ‘Avatar’? Não importa no final ganhar o Oscar...
Para mim importou que me permitiu refletir que já vivemos no ciberespace.E quando tomamos contacto com outras realidades tangíveis, dificilmente aceitamos...A menos que já a conheçamos muito bem...Caso contrário voltamos para nossos Avatares...
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