terça-feira, 11 de setembro de 2012

NOTÍCIAS ABRADIC/NJR



NOTíCIAS - Nº 132 - Julho/Agosto de 2012

Nesta edição:

Divulgação Científica no Séc. XXI:
Poeta do Orkut - Marcelo Roque - "PÉROLAS"

64ª SBPC; A ABRADIC/NJR LEMBRA A HISTÓRIA DA DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NO BRASIL
Glória Kreinz

TRECHO DE CARTOGRAFIA: Entre a Ciência e Poesia
Carlos Vogt

FCF pesquisa fármacos contra doenças “de pouco interesse comercial”
Danilo Bueno

O uso da imagem na divulgação científica: Os Cientistas
João Garcia

Divulgação Científica a repetição que muda
Osmir Nunes
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SARAU PARA TODOS - (Série Pavan de Vídeos/Poemas de Divulgação Científica)

CONHEÇA O BLOG DE JOSÉ REIS, COM TEXTOS E NOVIDADES DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA

http://esportencia.blogspot.com/

CONHEÇA TAMBÉM A COMUNIDADE CIÊNCIA E POESIA, COMO JOSÉ REIS GOSTAVA, AINDA EM REESTRUTURAÇÃO

http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=13358263
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Século XXI
POETA DO ORKUT: "PÉROLAS"
Marcelo Roque

Leia mais no Clipe Ciência

Pérolas

Qual ostra, tuas feridas,
envolve o verso,
com tal zelo, a dor,
a espera
e a saudade

*A pérola nasce de uma irritação na ostra causada por um corpo estranho, como um grão de areia, que entra na concha. De tanto incomodar e machucar, o intruso é posto num canto de uma bolsa de carne. A partir daí, a ostra vai envolvendo o corpo com o nácar e depois de três anos, surge a pérola. Como diz um ditado budista, "Ela é a transformação do sofrimento em jóia"

Marcelo Roque





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64ª SBPC; A ABRADIC/NJR LEMBRA A HISTÓRIA DA DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NO BRASIL

Glória Kreinz

Este número da ABRADIC fala da última reunião da SBPC, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, realizada entre os dias 22 a 27 de julho no Maranhão, neste ano, na Universidade Federal do Maranhão. Estes encontros são anuais.

José Reis foi um dos criadores da entidade, e Crodowaldo Pavan foi um dos que muito se destacou em sua continuação. O professor Aziz Ab'Saber, falecido este ano, sempre esteve presente nos encontros da SBPC e as salas onde dava suas palestras tinha até participantes sentados no chão.
Os pequisadores brasileiros e estrangeiros continuam comparecendo a este encontro, lugar de congregação entre todos aqueles que procuram divulgar seus trabalhos, e discutir novos caminhos para a Ciência Brasileira.

Nossos livros estavam lá presentes, e cumprimentamos os participantes da mesa de abertura, quando foi entregue o Prêmio José Reis de Divulgaçação Científica, do CNPq. A ABRADIC participa da comissão julgadora.
A entidde criada por José Reis continua a ser o centro de discussões da divulgação científica brasileira. Neste sentido a ABRADIC/NJR presta homenagem ao seu patrono José Reis e lembra os divulgadores brasileiros que fizeram sua história como Crodowaldo Pavan.

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TRECHO DE CARTOGRAFIA: Entre a Ciência e Poesia

Carlos Vogt

Nesses casos, a função principal da linguagem humana é a de representação do pensamento, que tem, por sua vez, a estrutura lógica de uma segunda linguagem, ela própria construída sobre o modelo de organização e funcionamento das línguas naturais. Quer dizer, no limite, que a linguagem, se é representação do pensamento, e se o pensamento tem a estrutura lógica da linguagem, então a linguagem representa a própria linguagem, abrindo uma vertigem de imagens, em espelho, em que o signo é representação de representação de representação e, assim, infinitamente.

Dessa tautologia a ciência precisa fugir e, pela criação do modelo teórico da simulação do fenômeno, projetar no objeto discreto, assim criado, as propriedades e leis capazes de explicar, e mesmo predizer, o fenômeno estudado.

Se o modelo teórico quiser reproduzir, em extensão, o fenômeno na sua ocorrência, o fracasso do propósito será inevitável, como ocorre com o Mapa do Império, que se faz ruína.

O conhecimento científico e o conhecimento poético, distintos nos métodos - um digital, outro analógico; um demonstrativo, outro associativo; um abstraindo conceitos e conceituando abstrações, outro tornando-os sensíveis em imagens concretas de aproximações - têm, contudo, em comum a formulação do mundo em formas de representação, seja por linguagens sensíveis, seja por imagens em demonstração.

Num caso e noutro, a representação tem de estar próxima e distante do fenômeno de modo que o mapa permita ver e prever a geografia sem que a geografia se confunda no mapa que a permitia.

A Cartografia tem muito desse ensinamento de tensão e equilíbrio entre a ciência e a poesia.
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FCF pesquisa fármacos contra doenças “de pouco interesse comercial”

Danilo Bueno


A publicidade diária, dentro e fora das drogarias, nos lembra que o mercado está inundado de medicamentos contra gripe, dor de cabeça, azia e outros males mais comuns. No entanto, o dinamismo do mercado farmacêutico e o ritmo da pesquisa estão longe de ser os mesmos para todas as classes de medicamentos. Isso porque o interesse da pesquisa privada está intimamente relacionado ao poder de compra dos consumidores.

Assim, doenças como malária, tuberculose, esquistossomose (“barriga-d’água”), leishmaniose e hanseníase (“lepra”), entre outras, que atingem milhões de pessoas nos países subdesenvolvidos, acabam ficando em segundo plano em termos de estudos. Como explica a professora Elizabeth Igne Ferreira, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP,

“Por ocorrerem geralmente nas populações mais pobres e, em geral, não despertarem o interesse para a produção de medicamentos, estas doenças são conhecidas como ‘negligenciadas’ ”.

É o caso da doença de Chagas, que atinge cerca de 10 milhões de pessoas, de acordo com estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), principalmente na América Latina e Caribe. Apesar de sua descoberta ter completado 100 anos em 2009, a doença é ainda considerada sem cura. Os tratamentos existentes têm bons resultados quando aplicados no início da doença, mas são pouco eficazes na fase crônica.

Leia mais: http://www5.usp.br/13676/fcf-pesquisa-farmacos-contra-doencas-de-pouco-interesse-comercial/
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Divulgação Científica a repetição que muda

Osmir Nunes


Nestas noites frias e mais longas aqui em São Paulo paramos quase instintivamente para observar o céu, apesar do meu cão, um poodle, nem se importar com o fato;seus parentes lobos uivam para lua cheia. De fato essa bola brilhando soberana nas noites desperta nossos instintos. Durante boa parte das noites, em noite limpa, ou até entre nuvens, dependendo do horário, temos um tipo de lua com sua beleza dominante. Não tem como deixar de ser um voyeur da lua.
José Reis certamente devia observar muito a lua. Antes de tudo, o grande divulgador da ciência era um poeta com temas dominantes sobre a noite, era um boêmio frustrado. Tal qual a repetição da lua circulando em torno da Terra e repetindo uma trajetória que nunca deixou de ser a mesma, mas que provoca sensações diferentes em cada lunação, José Reis imaginou um evento onde poderia ser observada a renovação da ciência. Esse foi o caráter das reuniões anuais da SBPC desde a sua criação.

Trouxe o conceito de fora do país como ele pode documentar no nº2 da Revista Ciência e Cultura, publicado em 1949 , na página 152. Não criava nada de novo, apenas aplicou o mesmo conceito que dava certo desde os meados do século XIX, 1848, quando foi fundada 100 anos antes a americana AAAS Associação Americana para o Avanço da Ciência e a britânica BAAS – Associação Britânica para o Progresso da Ciência, em 1831.
Por que era importante criar a SBPC no Brasil? Um dos aspectos mais importante fica explicitado por José Reis no texto de Ciência e Cultura retirado dos conceitos da BAAS: “Os homens de ciência sentiram a necessidade de sair dos laboratórios e seminários para acercarem-se do público. A Associação Britânica para o Progresso da Ciência iniciou assim as suas excursões anuais pelos centros populosos da Grã-Bretanha e, ocasionalmente pelas cidades dos domínios.
“Todo amador, naturalista, geólogo, matemático, antropólogo, químico ou interessado em qualquer aspecto da ciência poderá ouvir, na BAAS, líderes da ciência britânica, exporem os progressos na especialidade e, além disso terá ocasião de intervir nas discussões, sem sentir qualquer menosprezo pela livre manifestação das suas idéias".

José Reis segue no texto explicando que os princípios da BAAS eram norteados pelo princípio da liberdade e da participação aberta até para o simples operário ou técnico, pois para participar bastava trazer alguma nova idéia de progresso da ciência.Divulgação científica é isso. Isso mesmo, uma idéia tão simples e livre como ficar observando a lua.

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O USO DA IMAGEM NA DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA

OS CIENTISTAS - João Garcia
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Expediente Diretoria:
Presidente de Honra: Prof. Dr. Crodowaldo Pavan
Presidente: Prof. Osmir Nunes
Secretaria Geral: Profª Dra. Glória Kreinz
Tesoureiro: Profª. Drª. Márcia M. Rebouças

Conselho editorial:
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Notícias ABRADIC:
Supervisão Editorial: Profª Dra. Glória Kreinz
Supervisão Técnica: Osmir J. Nunes e George Barbosa
Editor: Everton Magalhães
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Comissão Editorial: Mauro Celso Destácio, Marcelo Afonso,Douglas Guilherme Schmidt, Renato Pignatari e Yuri Gonzaga
Recursos Audiovisuais: Everton Magalhães V. Santos e Marcelo Afonso
Nadia Gal Stabile ( Blog Sarau Para Todos)
Colaboração: (nacional) João Garcia; (internacional) Manuel Calvo Hernando e Etienne Delacroix
Layout original: Marcelo Afonso

Conselho Científico: Prof. Dr. Célio da Cunha (UNESCO) e Dr. Julio Abramczyk (AIPC)

E-mail para contatos: abradic@abradic.com
Telefone: (11) 9185-8655 ou (11) 4508-8589

Esta publicação é integrado aoPTDC - Projeto de Pesquisa e Treinamento em Divulgação
Científica, apoiado pelo CNPq, de autoria da Profª Dra. Glória Kreinz e Crodowaldo Pavan.

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