quarta-feira, 7 de março de 2012
ABRADIC NOTÍCIAS - Nº 128 - fevereiro de 2012
Nesta edição:
Divulgação Científica no Séc. XXI:
Poeta do Orkut - Marcelo Roque - "ESPELHO"
PODER, POLÊMICA E POESIA NO ACERVO JOSÉ REIS/ABRADIC/NJR
Glória Kreinz
Paisagem doméstica
Carlos Vogt
Teoria da Conspiração
Marcelo Roque
O uso da imagem na divulgação científica: Os Cientistas
João Garcia
Jornalismo Científico e Divulgação Científica
Osmir Nunes
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ABRADIC.COM
BLOGOSFERA
SARAU PARA TODOS -(Série Pavan de Vídeos/Poemas de Divulgação Científica)
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CONHEÇA O BLOG JOSÉ REIS E DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA
http://esportencia.blogspot.com/
CONHEÇA TAMBÉM A COMUNIDADE CIÊNCIA E POESIA, COMO JOSÉ REIS GOSTAVA
http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=13358263
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Século XXI
POETA DO ORKUT: "ESPELHO"
Marcelo Roque
Leia mais no Clipe Ciência
Espelho
Não apenas a burca aprisiona
mas também o salto alto,
a maquiagem,
a escova marroquina, a chapinha,
a dieta do chá, da Lua,
a lipo, o silicone,
a manequim, a vitrine,
a passarela,
o light, o diet,
a Barbie, a Marilyn,
o espelho,
o sexy appeal ... por fim,
a própria "liberdade"
Marcelo Roque
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SOLIDARIEDADE AO ARTIGO DE ALFREDO BOSI NO BLOG
"NÁUFRAGOS DA UTOPIA" DE CELSO LUNGARETTI
http://naufrago-da-utopia.blogspot.com/
Leia mais no Clipe Ciência
http://recantodasletras.com.br/autores/marceloroque
http://www.blogdonjr.wordpress.com
---------------PODER, POLÊMICA E POESIA NO ACERVO JOSÉ REIS/ABRADIC
Glória Kreinz
Lançamos, eu e o poeta Marcelo Roque, no final de 2011, o livro "Poder, Polêmica e Poesia", em homenagem a Crodowaldo Pavan, fundador da ABRADIC. O livro é o quarto volume da coleção Temas da Ciência Contemporânea.
Depois de vários anos pesquisando qual a melhor forma de enfrentar os desafios da comunicação nos dias atuais, achamos que uma boa opção seria discutir elementos ligados ao Poder, à Polêmica e à Poesia. Jacques Derrida nos auxilia nisso.
Indagamos o poder em um ano próprio, quando o mundo passou a discuti-lo, em forma de ação, com o movimento Ocupy Wall Street, que teve ressonâncias mundiais.2011 foi um ano de indagações.
Com tantas transformações em nosso cotidiano, tantos apelos das inovações tecnológicas, vivemos cercados por um momento de instabilidade e contradições. “Mas sem essa tensão ou sem essa contradição aparente, faz-se alguma coisa alguma vez? Muda-se alguma coisa alguma vez?” (Derrida, 1991,208).
O que nos interessa é a mudança, não uma fala imposta, isto seria autoritarismo, mas a indagação de fatos para esclarecermos nossas dúvidas. Falas autoritárias, com um único enfoque, merecem ser descontruídas, pelo seu próprio caráter. Em seu lugar propõe-se o diálogo com o Outro.
Procurar sempre é a única forma de se opor ao poder de uma comunicação impositiva. Indagar é a postura prioritária. O logos, palavra grega que significa palavra, razão, Deus, verdade, é o centro das indagações.
As noções de autoridade e razão absolutas, típicas do pensamento positivista, foram questionadas na cultura ocidental.
Se o Holocausto não colocou o logocentrismo em xeque, a morte recente de Steve Jobs, um dos nomes marcantes da revolução tecnológica do século 21, com todos os avanços da ciência e tecnologia ao seu dispor, nos obrigou a pensar a relatividade do conhecimento científico, diante da vida.
Foi uma morte anunciada, e nada pudemos contra ela. Mais uma vez o poder do próprio conhecimento foi questionado. E questionamos tudo que podemos, até os Hitlers da nova era, com suas metralhadoras no ciberespaço, disfarçados de inocentes mauricinhos. Mas José Reis e Crodowaldo Pavan já tinham textos sobre isso.Por isso o ACERVO ABRADIC/NJR é tão importante.
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Paisagem doméstica
Carlos Vogt
Etiqueta
A sociedade distribui papéis
os homens também à sociedade
ciosa a natureza
(muda às vezes outras não)
sufoca primaveras
em cios secos de verão
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Teoria da Conspiração
Marcelo Roque
Quando o site Wikileakes lança na web informações tidas como sigilosas, cria-se um certo alvoroço, como se segredos bombásticos estivessem próximos de serem revelados
Mas até o presente momento, o que de tão importante foi revelado, a não ser fofoquinhas entre diplomatas, e outras coisas que, informalmente, já estávamos cansados da saber ?
E mais, sabedores que somos, que a grande imprensa mundial, aliada dos donos do poder, sempre lança uma cortina de fumaça quando vem à público, fatos ou pessoas que possam, de fato, prejudicar o interesse dos poderosos, por que esta mesma imprensa cede tanto espaço a um site que, supostamente, é um perigo para o sistema ?
Não estou aqui afirmando que o Wikileakes é uma farsa montada pelos poderosos como uma forma de, futuramente, terem um pretexto para apertarem o cerco à internet, alegando que determinadas informações divulgadas por certos sites, poderiam colocar em risco a segurança nacional Mas é no mínimo estranha a popularidade conquistada por Julian Assange, fundador do site( popularidade dada em parte, pela grande mídia), quando muitos outros que se levantam contra este mesmo sistema são sumariamente condenados a obscuridade ... Vale pensar ...
http://pensarepossivel.blogspot.com/
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Jornalismo Científico e Divulgação Científica
Osmir Nunes
Uma questão sempre é colocada à ABRADIC: qual é a diferença entre jornalismo científico e divulgação científica?
Ressaltamos que não temos interesse em formular definição sobre esses dois termos. De maneira superficial pode-se dizer que são dois tipos de atividades. Uma complementar à outra. Um divulgador científico pode ser um jornalista científico e vice versa. José Reis em alguns momentos de sua vida teve a oportunidade de estar nos dois campos de atividade, sobretudo quando dirigiu a Folha de S.Paulo, entre 1962 a 1967.
Podemos dizer que o termo divulgação científica, no seu sentido amplo, tem o caráter de popularizar o conhecimento científico. Por sinal há um texto teórico sobre esse assunto, escrito por Glória Kreinz, publicado no 3º volume da Coleção Divulgação Científica.
Quanto ao jornalismo científico é o texto produzido para dar uma notícia inédita sobre as últimas novidades das descobertas ou inovações na ciência e na tecnologia. É uma especialidade do jornalismo. O noticiário com jornalismo científico está presente em todos os meios de comunicação, comumente vem no formato de notícia ou de reportagem mais extensa. Hoje em dia a maioria dos órgãos de comunicação tem uma área apropriada para falar de ciência, tecnologia e inovação, por esse motivo o texto jornalístico pode aparecer nas revistas, nos jornais, nos sites, na rádio, na TV e até nas redes sociais.
O profissional que se dedica a esse setor do jornalismo, o jornalista científico, nessas últimas décadas, muitos deles, tomou a iniciativa em desenvolver algum projeto de formação universitária que vai além do curso de comunicação. Pelo menos um curso de especialização faz parte do rol desse investimento. Uma quantidade significativa de jornalistas que ocupam as mais importantes editorias de jornalismo científico do país completou o doutorado em alguma área do conhecimento, com ênfase em disciplinas distantes da comunicação, tais como história da ciência, filosofia da ciência, biologia, etc.
Como exemplo de jornalistas científicos vamos encontrar Marcelo Leite, Mariluce Moura, Cláudio Angelo, hoje com cursos no exterior e doutorados longe da área de jornalismo.
A divulgação científica congrega interessados em promover a ciência como forma de educação e integração social com o conhecimento. Originam-se das mais diversas áreas de formação e conhecimento, inclusive do jornalismo. Tanto é que podemos considerar muitos dos jornalistas científicos também divulgadores científicos. O divulgador científico se envolve nas atividades mais por opção. Em muito dos casos, lembram uma ação de militância pela causa da divulgação científica.
O divulgador científico não é um profissional específico, como é o jornalista científico, provém de todas e qualquer área do conhecimento. É o indivíduo que tem um objetivo: promover o conhecimento, usando a comunicação como ferramenta, para promover a educação e o desenvolvimento da sociedade por meio da ciência.
O divulgador científico também tem produção. Além de ser um agente social que promove a ciência eles produzem livros, programas de TV, rádio, internet, vídeo, eventos, encontros, entre algumas das manifestações mais comuns. Há alguns que vão além, usam a arte para divulgar ciência, fazem teatro, cinema, ficção e poesia.
O divulgador científico, em muito dos casos, é mais personalista, traz uma grife, sobretudo quando direciona suas atividades criando características marcantes. Por exemplo os diretores de museus de ciência, aliás, uma área de grande atividade de divulgação científica, exercem suas atividades com um estilo próprio. Em São Paulo a recém-história da Estação Ciência ficou claro esse tipo de envolvimento. Na gestação da fundação da Estação Ciência nos anos de 1980, Crodowaldo Pavan e José Reis discutiram muito o caráter e o formato que um centro de ciência para jovens deveria possuir. Nos anos 1990 Ernst Hamburger, físico de tradição, nos anos em que dirigiu o museu, também imprimiu seu caráter, que apesar de diferente manteve a divulgação científica como objetivo maior.
Divulgação científica e jornalismo científico é um encontro que contribui de forma importante para que a sociedade acompanhe, critique e ajude a dar os rumos para a discussão da ciência.
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O USO DA IMAGEM NA DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA
OS CIENTISTAS - João Garcia
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Expediente Diretoria:
Presidente de Honra: Prof. Dr. Crodowaldo Pavan
Presidente: Prof. Osmir Nunes
Secretaria Geral: Profª Dra. Glória Kreinz
Tesoureiro: Profª. Drª. Márcia M. Rebouças
Conselho editorial:
José Arbex Jr. (ABRADIC)
Maria Julieta S. Ormastroni (UNESCO/IBECC)
Marcia M. Rebouças (Instituto Biológico)
Notícias ABRADIC:
Supervisão Editorial: Profª Dra. Glória Kreinz
Supervisão Técnica: Osmir J. Nunes e George Barbosa
Editor: Everton Magalhães
Editora Assistente: Claudete Aparecida B. Mira
Edição Final: Everton Magalhães e Raquel Nunes
Comissão Editorial: Mauro Celso Destácio, Marcelo Afonso, Renato Pignatari e Yuri Gonzaga
Recursos Audiovisuais: Everton Magalhães V. Santos e Marcelo Afonso
Nadia Gal Stabile ( Blog Sarau Para Todos)
Colaboração: (nacional) João Garcia; (internacional) Manuel Calvo Hernando e Etienne Delacroix
Layout original: Marcelo Afonso
Conselho Científico: Prof. Dr. Célio da Cunha (UNESCO) e Dr. Julio Abramczyk (AIPC)
E-mail para contatos: abradic@abradic.com
Telefone: (11) 9185-8655 ou (11) 4508-8589
Esta publicação é integrada ao PTDC - Projeto de Pesquisa e Treinamento em Divulgação
Científica, apoiada pelo CNPq, de autoria da Profª Dra. Glória Kreinz e Crodowaldo Pavan.
Todos nossos livros podem ser pedidos pelo email da ABRADIC
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